Resumo
Introdução: Ensaios clínicos descentralizados utilizam ferramentas digitais e atividades domiciliares para ampliar acessibilidade e diversidade, uma prática acelerada pela pandemia de COVID-19. Objetivo: Analisar os métodos de monitoramento descentralizado em centros de pesquisa brasileiros. Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado com centros de pesquisa clínica no Brasil, avaliou o perfil de profissionais e centros envolvidos na descentralização de ensaios clínicos por meio de um questionário online entre 2021 e 2022, recebendo 57 respostas. Resultados: A maioria dos profissionais conhece pesquisas descentralizadas, mas apenas 24,6% já havia trabalhado com elas antes da pandemia. Em projetos descentralizados, o uso de telemedicina (63,2%), entrega domiciliar de medicação (47,4%), e monitoramento remoto por diários eletrônicos (50,6%) e dispositivos vestíveis (12,3%) foram comuns, permitindo a coleta de dados fora de instalações médicas. Conclusão: A maioria dos profissionais conhece pesquisas descentralizadas, mas poucos têm experiência pré-pandemia. Em projetos descentralizados, destacam-se o uso da telemedicina, entrega domiciliar de medicação e diários eletrônicos para monitoramento remoto.