O uso de ferramenta prognóstica para estimar sobrevida e estabelecer plano de cuidados no câncer avançado: revisão de literatura
PDF

Palavras-chave

Câncer Avançado
Sobrevida
Ferramenta
Prognóstico
Cuidado paliativo

Como Citar

Lopes, J. de L., Caffagni, S. B. N., Valentino, T. C. de O., & Faria, T. V. (2023). O uso de ferramenta prognóstica para estimar sobrevida e estabelecer plano de cuidados no câncer avançado: revisão de literatura. CERES - Health & Education Medical Journal, 1(3), 161–178. https://doi.org/10.62234/ceresv1n3-004

Resumo

Introdução: Determinar a sobrevida de pacientes com câncer avançado para orientar decisões clínicas e desejos do paciente é uma medida substancial no planejamento de cuidados avançados. Nesse contexto, as ferramentas de estimativa do prognóstico permitem avaliar o paciente de maneira abrangente, direcionando a tomada de decisões e o estabelecimento de um plano de cuidados. Objetivo: Identificar as ferramentas prognósticas utilizadas na estimativa da sobrevida de pacientes oncológicos e nos planos de cuidados. Métodos: Estudo de revisão integrativa da literatura. Três bases de dados de acesso online foram selecionadas para a pesquisa: Pubmed/Medline, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Com um vocabulário controlado na estratégia de busca em cada uma das bases de dados bibliográficas, os seguintes termos foram utilizados: “tool”, “predict”, “survival” e “advance cancer”. Resultados: Um total de 265 estudos foram identificados e 45 estudos foram incluídos. 37 ferramentas prognósticas foram identificadas, sendo frequentemente observado a Palliative Prognostic Index-PPI (13; 28,8%), Palliative Prognostic Score - PaP (9; 20%), Palliative Performance Scale - PPS (8; 17,7%), Prognostic in Palliative Care Study - PiPS (6; 13,3%), Glasgow Prognostic Score - GPS (4; 8,8%), Clinical Prediction of Survival - CPS (4; 8,8%) respectivamente. Quanto a acurácia, 23 estudos avaliaram este quesito nas ferramentas prognóstico. Para o plano de cuidados, sua aplicabilidade foi observada em 42 estudos, e dentre estes estabelecido os critérios relacionados a qualidade de vida, controle de sinais e sintomas, cuidados em fim-de-vida e tratamento na tomada de decisão. Conclusão: As ferramentas prognósticas variam quanto aos tipos e à acurácia. O seu uso apropriado e de forma individualizada para pacientes oncológicos demonstrou-se útil para estimar a sobrevida, direcionar a tomada de decisões e definir planos de cuidados multidimensionais.

https://doi.org/10.62234/ceresv1n3-004
PDF